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Esta seção destaca pessoas ligadas à UAI Brasil - sejam elas funcionários, fornecedores, clientes ou amigos - e que de alguma maneira contribuem com a qualidade da nossa agência.
Vamos contar um pouco da vida dessas pessoas, seus hobbies, habilidades, prazeres, suas famílias, suas vidas.

Nosso primeiro destaque é parente distante de nossa diretora. Trata-se do artista Ângelo Agostini, um nome fundamental na história da caricatura no Brasil pela personalidade inquieta, humor, inteligência e espírito crítico.


Segundo Monteiro Lobato, Ângelo Agostini (1843-1910) trouxe a arte da caricatura para o Brasil e teve marcada influência sobre o trabalho de outros que se dedicavam a ela.
Italiano de nascimento, Ângelo Agostini chegou ao Brasil em 1850 com alguns estudos de desenho realizados em Paris. O aparecimento de seu nome associa-se ao surgimento da caricatura em São Paulo, na Revista Diabo Coxo (SP, 1864), de curta duração, que daria lugar ao Cabrião (SP, 1866), revista fundada pelo artista e cujo teor lhe valeu ameaças, que o levaram a deixar São Paulo.
No Rio de Janeiro, colaborou na Revista Arlequim (RJ, 1867); na Vida Fluminense (RJ, 1868-1875), revista que substitui o Arlequim, ao lado de outros caricaturistas como J. Mill e L. Borgomainerio; em O Fígaro (RJ, 1876-1878), que substitui a Vida Fluminense; na revista O Mosquito (1869-1875).
Agostini fundou e ilustrou a Revista Ilustrada, mantendo-a sob sua direção de 1876 a 1898. Com Pereira Neto, Agostini fundou a revista Don Quixote (1895-1906) e trabalhou na revista O Tico Tico, retomando o personagem Zé Caipora, que teve suas história publicadas até dezembro de 1906. Trabalhou ainda em O Malho e na Gazeta de Notícias, entre outros.
Visto retrospectivamente, seu trabalho apresenta-se como uma perspicaz leitura dos usos e costumes da terra, marcada pela tolerância social e racial e pela ironia diante dos poderosos.
Além disto, e apesar de sua importância, a vasta obra de Agostini ainda é pouco conhecida e inexplorada em pesquisas sistemáticas, bem como pouco difundida entre o grande público.
Seu nome serviu de inspiração ao Prêmio Ângelo Agostini, concedido anualmente pela Associação de Quadrinistas e Caricaturistas de São Paulo aos melhores do ramo e para a criação do Dia do Quadrinho Nacional, comemorado em 30 de janeiro.